23 de out. de 2010

Dança do acasalamento e a "civilizada" paquera

Engraçado como nós, humanos, que nos sentimos tão civilizados, ainda pratiquemos técnicas arcaicas de conquista da fêmea.
Primeiro de tudo que essa coisa de que é o homem que tem que de se arriscar em busca da fêmea, é a atitude mais selvagem de todas. Sendo assim, mulheres, não reclamem de serem tratadas como objetos.
Depois, a culpa é um pouco nossa também... A gente infla o peito, constrói a melhor toca, arruma adereços, em suma: somos selvagens quando o assunto é acasalamento.
E talvez esse seja um dos pontos pelo qual todo relacionamento deve acabar: a gente compra penas de pavão, quando, no fundo a gente fede igual a urubu.
Ok, ok, se é assim que funciona eu nem quero mexer na estrutura acasalamentar da sociedade, mas peço apenas que não se espante quando vir seu parceiro comendo carniça.
A verdade mesmo, ainda que provisória, é que na frente de quem a gente acha que ama, somos as melhores pessoas do mundo. Fato esse comprovado por uma história que eu ouvi, que era assim:
"Um rapaz apaixonadíssimo por uma catiça, compunha músicas e poemas com o nome dela, tudo exaltando seus altos donaires e sua alta graciosidade.
Bela vez, numa roda de amigos, tão chula como qualquer reunião masculina, o pobre rapaz despedia-se de seus camaradas dizendo: 'Acho que vou nessa dar uma cagada e tocar uma punheta.'
Para seu grandissíssimo azar, a musa inspiradora de seus poemas, vagueava pelos arredores dessa pequena assembléia de testosterona."
Não é preciso, mas vamos a pergunta fatídica: será que ele conquistou a amada?
Urubu com penas de pavão é a realidade feromenal das relações.